segunda-feira, 20 de junho de 2016

As células constituem os seres vivos

Os seres vivos diferem da matéria bruta porque são constituídos de células. Os vírus são seres que não possuem células, mas são capazes de se reproduzir e sofrer alterações no seu material genético. Esse é um dos motivos pelos quais ainda se discute se eles são ou não seres vivos.
A célula é a menor parte dos seres vivos com forma e função definidas. Por essa razão, afirmamos que a célula é a unidade estrutural dos seres vivos. A célula - isolada ou junto com outras células - forma todo o ser vivo ou parte dele. Além disso, ela tem todo o "material" necessário para realizar as funções de um ser vivo, como nutrição, produção de energia e reprodução.
Cada célula do nosso corpo tem uma função específica. Mas todas desempenham uma atividade "comunitária", trabalhando de maneira integrada com as demais células do corpo. É como se o nosso organismo fosse uma imensa sociedade de células, que cooperam umas com as outras, dividindo o trabalho entre si. Juntas, elas garantem a execução das inúmeras tarefas responsáveis pela manutenção da vida.
As células que formam o organismo da maioria dos seres vivos apresentam uma membrana envolvendo o seu núcleo, por isso, são chamadas de células eucariotas. A célula eucariota é constituída de membrana celular, citoplasma e núcleo.

Projeto de Extensão Viagem ao Mundo Invisível

A importância das atividades experimentais para o ensino das Ciências é de amplo conhecimento no mundo acadêmico, sendo que estas atividades podem ser realizadas em laboratórios, ou em ambientes não formais de ensino. Elas possibilitam ao aluno fazer a relação entre conhecimento científico, teoria e prática. No estudo das Ciências Biológicas, no ensino fundamental e médio, é importante o uso do microscópio óptico para a observação e análise de células, tecidos e microrganismos. À medida que realizam experimentos é possível, para o aluno, aumentar a ligação entre motivação e aprendizagem, sendo possível o envolvimento mais vívido destes, levando à evolução em termos conceituais. O presente projeto de extensão norteia-se pela ideia de que os alunos devem ter um conhecimento mais aprofundado a respeito dos seres microscópicos, entendendo o grande papel ecológico que estes desempenham, bem como da sua importância na vida das pessoas. O projeto de extensão Viagem ao Mundo Invisível, aqui apresentado, tem sido desenvolvido no Centro Universitário UNIVATES desde o ano de 2011 e objetiva proporcionar momentos de manipulação de microscópios estereoscópicos e ópticos por alunos do ensino fundamental e médio, por meio de atividades experimentais. Durante as atividades para o ensino fundamental e médio, tem sido considerado o nível de ensino para a melhor organização das atividades que serão desenvolvidas nos encontros com os estudantes. Dentre os temas de estudo estão os relacionados à importância da preservação ambiental, respeito aos animais e plantas nativas, necessidade de implementação de estratégias, a fim de evitar desperdícios, além de trabalhar na produção de lâminas permanentes de diferentes estruturas, como: bactérias, sangue, protozoários na água, pólen de flores nativas, bactérias da saliva, bolores e leveduras de alimentos, bactérias das mãos, entre muitos outros assuntos voltados para a área das ciências biológicas. Todas as atividades são experimentais baseadas na contextualização do conhecimento científico. Durante o ano de 2013, desde março até julho, participaram das atividades experimentais nos laboratórios de Luparia, Microscopia e Microbiologia do Centro Universitário UNIVATES, 130 alunos do ensino médio, tanto de escolas particulares, municipais e estaduais e 50 oriundos do município de Lajeado/RS. Observa-se grande interesse e motivação dos alunos envolvidos e espera-se que, no decorrer do projeto, todos os alunos possam ter uma noção básica do uso correto dos microscópios e que saiam efetivamente maravilhados com este novo mundo.


Microscópio Atual

Também conhecidos como lupas ou lentes de ampliação, os microscópios mais simples são dotados de uma lente convergente, ou sistema de lentes equivalente. Para facilitar o manuseio e a observação, algumas lentes são montadas em suportes, fixos ou portáteis, como os que se usam nas lentes de leitura. Os microscópios simples já eram utilizados em meados do século XV. Em 1674, o naturalista holandês Antonie van Leeuwenhoek produziu lentes suficientemente poderosas para observar bactérias de dois a três micrometros de diâmetro.

Microscópios Antigos



Os primeiros microscópios eram simples e bastante limitados em relação à ampliação, esses eram compostos de única lente, os primeiros que se têm notícia foram construídos na primeira metade do século XVII, com o intuito de estudar insetos


Os holandeses Hans Janssen e seu filho Zacarias, fabricantes de óculos aperfeiçoaram lentes, capazes de aumentar até 30 vezes o tamanho real de uma imagem, criando então o primeiro microscópio.





Robert Hooke, foi responsável por construir um microscópio ainda mais potente, aprimorando a tecnologia desenvolveu um aparelho composto por duas lentes, a ocular e a objetiva, que se ajustavam nas extremidades de um tubo de metal, assim novas pesquisas foram feitas.





Antonie van Leeuwenhoek é conhecido pelas suas contribuições para o melhoramento do microscópio, além de ter contribuído com as suas observações para a biologia celular (constituído por uma lente biconvexa que tinha a capacidade de aumentar a imagem cerca de 200 vezes.









Zacharias Jansen

O crédito pela invenção do microscópio é dado ao holandês Zacharias Jansen, por volta do ano 1595. Como era muito jovem, é provável que o primeiro microscópio, com duas lentes, tenha sido desenvolvido pelo seu pai, Hans Jansen. Contudo, era Zacharias quem montava os microscópios, distribuídos para a realeza europeia. No início, o instrumento era considerado um brinquedo, que possibilitava a observação de pequenos objetos.
O século XVII foi um período de grande interesse pelos microscópios. A própria palavra microscópio foi oficializada na época pelos membros da Academia dei Lincei, uma importante sociedade científica.

Imagem 2. Zacharias Jansen, inventor do microscópio.



Importância da microscopia

A microscopia tem a maior importância no estudo das células. Muitas características importantes de interesse nos sistemas biológicos são demasiado pequenas para serem vistas a olho nu, só podendo, portanto, ser observadas com o microscópio. 
Nos anos mais recentes, tem-se observado um grande desenvolvimento em microscópios, corantes, protocolos de coloração e técnicas de preparação para ajudar a esclarecer melhor a estrutura e função das células. Descreveremos as capacidades e aplicações das várias técnicas de microscopia usadas para visualizar as células, as suas estruturas subcelulares e ainda as suas moléculas. 

Imagem 1: Tecido epitelial, mostrando em roxo o núcleo das células que compõe o tecido, visto em microscópio e coloridas artificialmente.